quarta-feira, dezembro 14, 2005

Meu. Seu.

Sua boca é a minha quando tira com fórceps o verbo que cisma em calar.
Suas conexões se fazem as minhas em noites de palavras engessadas
Seus olhos são os meus quando não quero a realidade que me tange.
Seu colo o meu lugar de trégua, de culpa sem dor.
Seus cigarros ao telefone me bastam.
Minha dor. Sua lavoura.
Meus conflitos...
Seus.



Lucas dos Anjos

Um comentário:

maisoumenando nadismos disse...

e todo o resto é bobagem.