segunda-feira, agosto 13, 2007

Já sei

Agora menino,

você se encolhe em feto,

as janelas em escuro pano

e torce para que caia do céu

uma chuvinhinha, pequena e fina,

de doer o meio do umbigo.

e espera não saber mais,

se noite ou dia,

que faz lá fora

a mesma toada

desde que gasta o mundo.

até tudo ficar claro




Lucas dos Anjos

segunda-feira, agosto 06, 2007

Vermelho

Há de ver o verte
Como se prenhe fosse
Como se tudo acabasse
Num vermelho sem fim

Há de tecer o vértice
Como de praxe, trouxe.
Há de tocar o espasmo
Num rubro trampolim

Há de despir de vestes
E há de passar por mim
Como se sentir na pele
Demais fosse para mim

Hei de lembrar assim



Lucas dos Anjos