Oh, grão-mestres das linhas tortas
tecei com versos agora o que,
em tempos vindouros,
será nosso mantra
forjai com mãos agudas
o futuro das letras
que embalará a humanidade
com notas sem tempo
Arrancai da história adjetivos inomináveis
sobre o que antes era pó
é arte e não se explica
do sangue que tinge cada verso
da dor incompreendida dessa página
não se preocupe
ainda estamos aqui
e se não nos querem
é mais uma força que engolimos
é de gritos que a dor se constrói
a vanguarda mal quista
pelo simples fato da ignorância alheia
os esconjurados
os inacabados
inabaláveis
baila, potranca
baila
são poucos os que entendem seu rebolar
eu rodo
tu rodas
eles não rodam
mas ainda sim
nosso funk sujo suja as salas deles
Eu quero é o suor do vai e vem
porque sexo bem feito é arte
já dizia os baianos
"pau que nasce torto, nunca se endireita"
Nada de direita.
Só esquerda.
a beleza esquerda monotêtica de nossos versos
Agora, gladiadores com lápis,
a briga é de peixe pequeno
voscos moram em outros tempos
onde a cabrita berra e a potranca late
No futuro, mestres que bebiam daquela fonte
a fonte maldita: Vila da Penha
onde o baixinho tão grande nasceu
pernas tortas de dar pena
penha
penhasco
penca
Pensilvânia
pan-drive
penteadeira
perneta
percapita
pentelho
tantos pens
incompreensíveis pens.
que pena
A vocês, pais dos “v”
resta um alfabeto em possibilidades
resta o rosto de uma rena
Num reino Romeno em Roma
e range, arranha essa réstia de “v”
fuça
reles funça
fuça ate minh'alma falar chega
relando.fungando.
rele roto da roça
E de palco é a sua sina
de luzes menores que ofuscarão
leva o resto das menina
um fusca e um caminhão
Incomensuráveis seus feitos
És par por Deus eleito
Estrofes chofres sobre chifres
Acima só governador e prefeito
Oh máquinas engenhosas
Movidas a bolhas de sabão
Apreciadoras da tez sebosa
Adoradoras da água remosa
de Sete Lagoas e região
você viu?
o que?
o ganso.
o que?
o ganso.
que ganso?
o ganso!
o ganso?
é, o ganso.
ah, o ganso!
Fonte alva de inspiração
É teu nosso enlevo
É pro Romário e caldo xanão
Que dedicamos esse enredo
De Rô e Mário
3º Lugar
Prêmio Barbie de BRONZE na Bienal dos Piores Poemas 5
"Ode Oso"
Autor: De Rô e Mário
http://www.oficcinamultimedia.com.br/vencedoresbpp5.htm
segunda-feira, dezembro 18, 2006
quarta-feira, dezembro 06, 2006
sub verter
escrevo
sub versos
que inundam as linhas tortas
de nossos anos
para ver até que ponto sei verter
de nossos passos
um encontro
*nian.pissolati
sub versos
que inundam as linhas tortas
de nossos anos
para ver até que ponto sei verter
de nossos passos
um encontro
*nian.pissolati
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