A janela do mundo
é pintada de preto
o pintor tem na mão
a paisagem de perto
um futuro de medo
e um punhado de pão
A janela do mundo
E quebrada de vidro
Um pedra na mão
É fechada em cimento
Pra rajada de vento
É a morada do cão
A janela do mundo
A moldura de tudo
Só buraco profundo
Que me tapa a visão.
terça-feira, agosto 26, 2008
terça-feira, agosto 19, 2008
Estaca
E pensávamos que éramos todos ossos
Que sustentávamos toda carne do mundo
nos delongos de nossos caminhos
Pobres de nós, tão gravetos,
Que ao peso de uma folha ou estação
Sucumbimos à gravidade de estar ali.
Desnudos de toda companhia
Tirante o chão
Não cabemos na agonia
De ser fracasso de sustentação.
Que sustentávamos toda carne do mundo
nos delongos de nossos caminhos
Pobres de nós, tão gravetos,
Que ao peso de uma folha ou estação
Sucumbimos à gravidade de estar ali.
Desnudos de toda companhia
Tirante o chão
Não cabemos na agonia
De ser fracasso de sustentação.
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