Nada, dente na carne,
Ou um sopro na alma
Nada, você não sente.
Você não move, está
Pedra, fria e lápide
Um lapso da sorte
Pulsão de morte, virá
Te acompanho, não me movo
Não me atrevo viver, triste inverno
Confio no seu enlaço e sucumbo
Um baile sem música no inferno
Assim nosso romance
Diariamente se repete
Casa, trabalho, um lance
Festejamos o tédio, entende?