ali,
entre petalas engolidas, quando, na verdade, deveriam estar voando-se.
entre perfumes inacabados, guardados à meia luz, que perdiam o poder libertar-se e encontrar-se no escancarar da vida.
e o que restou:
'amanha, às quatro, te encontro às cinco'.
*nian.pissolati.
terça-feira, maio 30, 2006
quarta-feira, maio 17, 2006
monólogo
enquanto manchava o cigarro com seu batom vermelho e soltava a fumaça penosamente olhou para seus olhos e mostrando pelos seus todo o abismo em que começava a cair, falou numa voz firme:
‘o limiar entre a distância inalcançável e o encontro é o toque’.
e na realidade ele se limitou a apenas ouvir som firme de sua voz e todo a sua beleza. quanto ao que ela dissera não fazia a mínima idéia. e nem queria fazer. depois que o silencio se tornou confortável, ela não suportou e num gesto que desnudava seu abismo (ela fechou os olhos por alguns segundos) disse, ainda com voz firme.
‘agora era preciso sentir o gosto amargo de um café’.
nesse momento sua paciência começou a se esgotar e sentindo todo a queda que ela começava a lhe proporcionar, ou antes, a vertigem que a queda poderia lhe causar, disse com a voz seca:
‘da sua vida você quer um romance de virginia wolf ou um filme muito triste. até para sofrer você é clichê.
‘me diga, quanto você pagaria por um sorriso sincero?’
dessa vez ele nem se prestou a levantar a cabeça.
nesse momento ela abriu os olhos e viu que seu abismo era dolorido demais para que ele entendesse ou quisesse entender. e que talvez nem ela entendesse. ou que a dor era grande demais para que pudesse ser compartilhada com alguém. ainda mais por ele.
‘o seu problema é que você não tem coragem para viver um clichê’.
sua voz ainda era firme.
*nian.pissolati.
‘o limiar entre a distância inalcançável e o encontro é o toque’.
e na realidade ele se limitou a apenas ouvir som firme de sua voz e todo a sua beleza. quanto ao que ela dissera não fazia a mínima idéia. e nem queria fazer. depois que o silencio se tornou confortável, ela não suportou e num gesto que desnudava seu abismo (ela fechou os olhos por alguns segundos) disse, ainda com voz firme.
‘agora era preciso sentir o gosto amargo de um café’.
nesse momento sua paciência começou a se esgotar e sentindo todo a queda que ela começava a lhe proporcionar, ou antes, a vertigem que a queda poderia lhe causar, disse com a voz seca:
‘da sua vida você quer um romance de virginia wolf ou um filme muito triste. até para sofrer você é clichê.
‘me diga, quanto você pagaria por um sorriso sincero?’
dessa vez ele nem se prestou a levantar a cabeça.
nesse momento ela abriu os olhos e viu que seu abismo era dolorido demais para que ele entendesse ou quisesse entender. e que talvez nem ela entendesse. ou que a dor era grande demais para que pudesse ser compartilhada com alguém. ainda mais por ele.
‘o seu problema é que você não tem coragem para viver um clichê’.
sua voz ainda era firme.
*nian.pissolati.
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