Nasci amarrado a esta pedra como muitos outros empilhados ao meu lado.
Repeti como um espelho as fissuras que me foram dadas
em lições diárias de tédio a favor do prosperar.
Todavia, como o pó era o meu caminho prometido
a ele retornei e os dogmas, apreendidos outrora, comigo,
como se fossem também amarrados a mim, se multiplicaram e se perderam
com a mesma força ao primeiro sopro do vento.
De certo que agora, em muitos pedaços observo aquelas palestras que ainda seguem sem mim.
Múltiplo, esvaído, desaprendo solto no ar as fórmulas do parar.
Triste é o fim porque não tenho mais lugar.
Em plural sou vapor,
sou poeira pronta a esperar.
Lucas dos Anjos
quinta-feira, março 23, 2006
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2 comentários:
ja estava com saudade deste estilo erudito contemporaneo.
brigado.
trilha sonora: la valse d´amélie (version piano) - yann tiersen.
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