Era um puto, ser que ostentava suas qualidades como um pavão com seu rabo. 
Ele veio de fábrica com uma alça acoplada ao corpo, era só passar e pegar 
Não tinha pudores, tampouco valores, valia o que fazia 
Era um bicho, morador das ruas, o lado de fora era o seu lugar 
O lado de dentro era o seu tormento 
Não se via tal criatura durante o dia 
Era o rei do vazio, do buraco, do escuro. 
A luz do sol lhe dizia o que não queria 
Era tão bom que não lhe doía. 
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O nada chegou a tal ponto que fazia sentido 
Sentia, agora doía ser tão cheio de vazio 
A tranqüilidade da consciência começava a perturbar. 
Ascendeu um cigarro, tomou mais uma dose e pensou: 
"que viadagem". 
Lucas dos Anjos
quarta-feira, dezembro 14, 2005
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