quarta-feira, dezembro 14, 2005

Moderno/ contemporâneo procura

Era um puto, ser que ostentava suas qualidades como um pavão com seu rabo.
Ele veio de fábrica com uma alça acoplada ao corpo, era só passar e pegar
Não tinha pudores, tampouco valores, valia o que fazia
Era um bicho, morador das ruas, o lado de fora era o seu lugar
O lado de dentro era o seu tormento
Não se via tal criatura durante o dia
Era o rei do vazio, do buraco, do escuro.
A luz do sol lhe dizia o que não queria
Era tão bom que não lhe doía.
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O nada chegou a tal ponto que fazia sentido
Sentia, agora doía ser tão cheio de vazio
A tranqüilidade da consciência começava a perturbar.
Ascendeu um cigarro, tomou mais uma dose e pensou:
"que viadagem".


Lucas dos Anjos

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