quarta-feira, dezembro 14, 2005

sobre balas e pirulitos

aos poucos as poucas partes da sua vida de porcelana iam se colorindo.
o rosa do fim de tarde lhe era sonoro outra vez.
seus cabelos ruivos, balançados com o vento, lhe davam um ar de desproteção. e isso era lindo.
e o mudo voltava a ser uma caixinha de bonecas, onde a maior preocupação era escolher entre balinhas de caramelo ou pirulitos amarelos.

sua voz era doce, mas ao mesmo tempo firme.
o mundo realmente parecia ser pequeno demais. e isso era bom.

sentia um constante gosto doce na boca, que lhe dava vontade de cantar.
sua vida era um sonho.
interminável.

e essa era a melhor realidade que ela poderia ter.

*npl

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